Quem
nunca recebeu ou enviou algum cartão? Ainda mais no Natal?
Na
época do Natal é muito comum sentirmos aquela sensação de que devemos felicitar/cumprimentar/desejar
tudo de bom a todas as pessoas que consideramos importantes em nossa vida, como
se não houvesse o amanhã.
É uma
sensação tão boa e a criatividade para escrever é superior aos dias normais do
ano. Incrível.
Então,
os cartões de Natal, tem essa mágica, mas como tudo começou?
Segundo
relatos e murmúrios, tudo começou lá em 1834, onde se teve notícia do primeiro
cartão de “Boas Festas”, em Londres, graças à falta de tempo de Henrique Coyle,
Diretor do British Museum de Londres.
E diz
a lenda que como não teria a possibilidade de escrever os cartões todos à mão,
à todos os seus familiares e amigos, Coyle solicitou ao artista plástico John
Callicot Hous que desenhasse um cartão que pudesse enviar aos seus entes
queridos.
Com a
criatividade de sempre, John pegou um pedaço de cartolina num formato quadrado
e dividiu-o em três partes. No centro desenhou uma família reunida e feliz, numa
alegre comemoração. No verso foi desenhado crianças carentes recebendo comida e
roupas.
Na
outra parte do cartão foi descrito: “A merry Christmas and a happy New Year to
you”, que traduzida nos remete à essa frase tão conhecida por todos nós: Um
alegre Natal e um Feliz Ano Novo para você”.
Nesse
período do especial pedido de Henrique Coyle a John, foram impressas cem cópias
e todas foram pintadas à mão, uma a uma, que depois de prontos foram enviadas
aos destinatários pelo correio. A parte que sobrou foi vendida e a moda pegou
mesmo em 1851, onde os cartões eram litografados e pintados à mão, mas um
editor de livros acabou com essa parte artesanal quando decidiu intensificar e
massificar a venda de cartões, o que não deu errado.
A
ideia do editor tinha uma razão, a nossa vida diária corrida. Sem quase tempo
para a elaboração de cartões, encontra-los prontos e ainda uns mais lindos do
que os outros, bastava apenas inserirmos nossas felicitações, o destinatário e
isso não diminuiu o espírito Natalino, aquela sensação maravilhosa de
cumprimentar e desejar tudo bom a todos os nossos queridos familiares e amigos.
Aí,
chegou a era digital e o papel, o artesanal perdeu um pouco a força, mas não o
encanto, pois nunca se enviou tantas mensagens como agora – de manhã, dando bom
dia, à tarde, à noite e no meio de tudo isso, mensagens de otimismo, mensagens
de reflexão, memes, mensagens engraçadinhas, fofas, enfim, todo tipo de
mensagem, mas, tudo é muito rápido, em muita quantidade, e assim acabou, no meu
ponto de vista, perdendo aquela essência do prazer de ler e sentir as palavras.
É por
isso que estou aqui escrevendo hoje, para tentar trazer um pouco, de volta, aquele
sentimento de felicidade de receber e enviar um cartão de Natal, especialmente agora
nessa época tão sentimental em que pensamos muito uns nos outros.
Os cartões
podem ser elaborados com uma simples metade de folha sulfite dobrada ao meio,
ou em papel cartão, ou ainda com dobraduras, com colagens, com pinturas, com
desenhos, com a nossa cara, nosso jeito e o mais importante de tudo, é a
mensagem que ele vai transmitir, pois ele vai informar o que há de mais valioso
no nosso coração, o amor.
Os
cartões tem esse poder, levar o amor. Preste atenção numa pessoa que recebe um
cartão, há uma expectativa, há uma alegria que transborda o olhar e sai pelas
palavras, num – Nossa, muito obrigado/a! E essa mesma sensação existe em que confecciona
o cartão e entrega, mesmo quem o faz por encomendas, coloca em cada peça, sua
arte, seu amor e sua dedicação.
Vamos
espalhar o amor, em pedaços, em cartões, pedaços de nós.
Muito
obrigada pela leitura, amigos! Até a próxima.
E os CARTÕES DE NATAL
Reviewed by Na Cor Da Arte
on
novembro 06, 2019
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