Posso
e devo dominar a semeadura, daí DEVEMOS nos render à colheita também. Se deu certo
rendo-me, se deu errado rendo-me, porque fiz o que pude, o melhor que pude,
rendo-me ao resultado, seja ele qual for.
Minha
perspectiva diária deve ser que eu sou o campo mais fértil da minha vida, assim
devo reinvestir nas ações, investir na reconstrução.
Quando
não tenho clareza do que faço, faço por fazer, faço sem saber, faço porque precisa
ser feito, faço sem metas, sem objetivos, sem evolução, sem crescimento, sem
pesquisa, certamente não terei boas colheitas e sabendo disso, é impossível
culpar alguém senão eu mesmo. Assim, rendo-me ao que plantei.
O
que isso influencia na minha vida?
Não
viver plenamente é uma das consequências, desastrosas por sinal: desmotivação,
falta de energia, doenças, cansaço, procrastinação...
Minhas
atitudes devem estar amparadas na integridade, na valorização do eu, no bom
caráter, na humildade, na bondade, na honestidade e em muitas outras virtudes.
Sendo
assim, mesmo que não receba o esperado, não há frustação quando o coração é
repleto do bem, pois a semeadura foi feita com amor.
Quando
semeio boas ações, se elas brotam da alma, não ficarei esperando o retorno, porque
o retorno já é o bem estar, a alegria, a satisfação de fazer o bem.
Muitas
vezes a semeadura não traz os frutos esperados. O que fazer: render-se ao
resultado.
A
semeadura é uma atitude extremamente desapegada, pois não é o resultado que importa,
tão somente semear.
Pensar
no futuro faz parte do dia a dia, ter objetivos futuros faz parte da caminhada,
faz parte da minha busca, algumas pedras no meio do caminho, muitas vezes aparecem
para acontecer o repensar (pode ser que o caminho estivesse errado), a mudança
de estratégia. Se encarada dessa forma haverá o crescimento, de outra forma ocorrerá
o sofrimento.
Sei
que posso investir em materiais, sei que posso investir em aulas, mas também
devo investir em autoconhecimento para o crescimento interior e a luz fluindo
de dentro para fora vai rasgando a roupagem e semeando a luz por todo o caminho
a todas as pessoas.
Semear
requer conhecimento, semear requer sabedoria, semear requer vontade de fazer o
que precisa ser feito, mas de uma forma arrebatadora, tanto que o resultado não
será o grande prêmio.
A
semeadura se dá no trabalho, quando me dedico, me responsabilizo, me curvo,
aceito, falo, instruo e nem sempre se tem resultados favoráveis, porque quando
se lida com pessoas, devo ter a clara noção de que somos todos diferentes e não
se conhece o íntimo e a índole de cada um. E mesmo quando depender somente de
mim, posso estar cansada ao final ou o material não estar adequado, por isso
preciso render-me ao resultado, seja ele qual for.
Na
atividade física, semeio quando faço os exercícios, fazendo-os bem ou mal,
preciso render-me ao resultado, porque se os faço bem, sei que os resultados
serão extraordinários. Se os faço sem vontade, sei que os resultados serão
ruins, podendo até ficar com traumas físicos. Então rendo-me aos resultados
sejam eles quais forem, rendo-me ao resultado porque sei o que semeei.
No
curso, se presto atenção às aulas, me dedico, me esforço, realizo as tarefas,
aos trabalhos, às apresentações, à conclusão e me rendo ao resultado do meu
esforço.
No
momento de lazer, me permito curtir só ou em companhia e me rendo ao resultado
de me sentir melhor, mais feliz, mais leve.
A colheita faz parte da semeadura. Planta-se, semeia-se, colhe-se.

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