Esperávamos um comando para que pudéssemos parar de executar as atividades do dia e descansar no dia seguinte, já estávamos a algum tempo sem descanso e exaustos.
Enquanto
esperávamos, trabalhamos para dar conta de todos os procedimentos e prazos, mas
também sem perceber acabávamos levantando hipóteses do que poderia acontecer.
O
dia a dia de trabalho de nossa equipe é descontraído e conturbado de afazeres,
mas damos conta na medida do possível, um ajuda o outro e dá tudo certo,
aprendemos com os erros, aprendemos uns com os outros, aprendemos e compartilhamos.
Quase
no final do longo expediente, chegou um comunicado sobre o descanso, estava
meio confuso e dizia simplesmente que precisávamos aguardar a confirmação, isso
deixou-nos um pouco mais ansiosos e aumentou nossas análises.
As
outras salas estavam em polvorosa também, uns mais otimistas outros
pessimistas, uns debatendo a questão, outros pacificando os ânimos e todos ainda
no aguardo.
E
chegou a tão esperada resposta: não haveria mais o descanso.
O
desânimo foi geral inicialmente, depois houve um silêncio e depois uma revolta,
houve o momento da pesquisa incessante em busca de brechas na legislação, mas
não teve jeito – não haveria mais o tão esperado descanso.
Com
isso tudo, houve a aprendizagem de que a expectativa faz a gente sofrer quando
não são atendidas conforme esperávamos. A espera traz angústia e concordar com
o decido é necessário para continuar.
Difícil
aparentemente mas, com uma carga bem mais leve de sofrência.
Muitas
vezes, quando concordamos apenas, não emitimos pensamentos negativos e acredite
a sorte pode mudar, pode acontecer uma reviravolta e mudar todo o rumo da
história, então vamos viver uma expectativa desprovida de ansiedade.
E
assim, vamos aprendendo, dia após dia, porque aprendemos com a dor.

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