Honra
os pais, honrar a mãe por cada detalhe lembrado, honrar o pai por cada detalhe
lembrado desde nossa tenra idade. É muito lindo resgatar essas lembranças e a paz
que gera agradecer por todos os momentos, é vivificador.
A alegria da mulher é o homem, aquele escolhido para ser o parceiro de vida, o que possibilitou viver a maternidade que é o transbordo da vida humana.
Para que esse transbordo seja pleno seja pleno é necessário que seja feito as pazes com o masculino. Não há dor maior ou menor, existe dor e toda dor é importante.
Se eu me sentir superior a quem quer que seja, ocorre naturalmente o distanciamento. Assim, fazer as pazes com o masculino é enxergar que o homem é humano e comum, tanto quanto cada um de nós, porque ser comum é não ser livre.
Diante
disso é necessário reconhecer a dor, passar a ponte e seguir.
Uma frase bíblica define nossos erros: “Eles não sabem o que fazem”, porque não somos livres, somos humanos e comuns.
Assim, lembro-me de cada masculino que me causou e gerou dor, reconheço que ele é humano e comum e, por isso não é livre daí o liberto da minha dor, reconhecendo que ele tem dor assim como eu. Libertando-o eu sigo e deixo para trás o que não me fazia bem.
Vida é movimento. Quando não há mais nada para ser resolvido, fluídos, evoluímos.
Sabe que, quando discordamos do masculino, assumimos o lugar dele na relação e com isso as brigas acontecem, é uma briga de iguais, nesse momento não há evolução.
Ser mãe é ter a consciência de que a partir daquele abençoado momento vai se tornar grande. Ser mãe é orientar, é guiar, sentir um amor inexplicável, sentir um medo avassalador, gerar por nove meses traz uma experiência única, porque a mãe coloca a vida em risco quando gesta.
Ser
mãe é ser guia e um guia precisa estar em paz com a base da pirâmide da força,
ou seja, em paz com o eu filha, que torna-se pleno quando honro meus pais.
Agora, nesse momento reconheço meu poder, chegamos antes das nossas crianças, assim oriento, acalento, temos o compromisso. Mãe é grande, filho é pequeno.
Os filhos requerem muito cuidado quando são pequenos, no entanto à medida em que vão crescendo, os nossos cuidados para com ele vão se diminuindo porque estão evoluindo, tornando-se independentes.
O amor é dar o que o outro precisa.
Mãe é incansável em dar morada e proteger. A mãe disfuncional inverte os papéis.
Temos um compromisso com a maternagem. A mãe permanece por nove meses em estado de graça. Os filhos são a misturinha do pai e da mãe.
Lembrar e honrar todos os dias que nossos pais e nossas mãe me deram o que podiam, nos liberta para sermos melhores pais.
Quando se sente em dívida com o filho, alimenta uma culpa e isso gera na criança, no filho, uma inversão de papéis. A mãe superprotege e isso sufoca o filho e faz com que ele não evolua, tornando-se exigente, compulsivo.
Precisa ser lembrado diariamente que sou a melhor mãe que consigo ser. Assim não preciso me culpar, não preciso me sentir em dívida.
Para os filhos, os pais são perfeitos.
A mãe que sou: sou feliz com os filhos que tenho, sou feliz com os filhos que gerei, sou carinhosa, controladora, sou educadora, cobradora, sou exigente com a educação deles, sou respeitadora, sou trabalhadora, sou ausente, sou inquieta, sou dorminhoca, sou supermãe, sou preocupada, inspiradora, sou fiel, inconstante, sou incansável, gosta de ajudar as pessoas, sou triste às vezes, sou honesta, sou criativa, sou linda, sou brava, cruel às vezes nas palavras, eu grito, sou emotiva, sou chorona, sou alegre, sou triste, sou só eu, eu sou humana e comum, estou evoluindo.
O pai que que escolhi: é fiel, trabalhador, carinhoso, grita, fala alto, é preocupado, é feliz, é brincalhão, é estressado, é bruto, é delicado em algmas atitudes, é simples, gosta de beber, gosta de jogar, gosta de assistir jogo, gostar de estar com os amigos, muitas vezes deixa a família em segundo plano, gosta de agradar, é impulsivo, é tradicional, é idealizador, é um excelente exemplo, gosta de ajudar as pessoas, é sensato, honesto, ele é humano e comum, está evoluindo.
A
verdade do que somos, nos leva para onde queremos ir, onde queremos estar,
porque reconhecemos as falhas, o que precisa ser evoluído e enxergamos quantas e
inúmeras virtudes temos.
Eu grandiosa, grande mãe, o pai que escolhi, grandioso, grande pai - assim que é o nosso posto dentro da família, temos um eterno compromisso com nosso pequeno filho – assim sempre será o filho dentro da família. Dessa forma, cada um ocupa seu lugar e tudo flui, a vida se conclui em constante movimento de ajustes, a cada acerto, uma conclusão, é a vida em movimento.
Os filhos são as pedras preciosas que recebemos para gerar, lapidar, cuidar e vê-los evoluir, assim como nós.
A vida é um perfeito ciclo. Aprender a entender o ciclo é clareador, proporcionando a leveza da alma.

Nenhum comentário: